holy moments of a waking life

26 julho 2006

Português para spammers

Hoje aconteceu uma coincidência engraçada, que merece o post. Tava pesquisando sobre Teoria do Caos pra minha tese e não podia de deixar de ir no site do James Gleick, autor de Chaos: Making a New Science. Tem uma foto atual do cara lá, bem "novo", por sinal. Isso meio que desmonta aquela visão que temos de que os "gênios" são uns caras mais velhos. Bueno, mas esse não é o ponto principal.

Tem vários artigos do cara, com livre acesso. A coincidência tá no fato de que vi um desses artigos dele sobre a praga dos spams, e ontem mesmo notei que, em 20 dias recebi 738 spams, devidamente filtrados pelo Gmail (essa eficiência do Google cada vez mais me convence de que eles vão dominar o mundo). Pra fechar a coincidência, recebi uma dessas mensagens supostamente enviada pelo TSE, a qual resolvi abrir, só por curiosidade. Pra minha "grata" surpresa, foi uma piada!!! O papo era o mesmo de sempre, "seu título foi bloqueado, blablabla, clique AQUI para regularizar a situação". No entanto, os caras não somente escreveram "TREBUNAL" (UAU!!!), mas também produziram essa "pérola" da língua portuguesa (os destaques em negrito são meus):

"O motivo da cancelamento foi uma irregularidade em seu Cadastro de Pessoa Física (CPF) o qual motivou o cancelamento do mesmo, e também de seu título eleitoral.(...) Para sua segurança e praticidade e necessário que você faça o download da planilha cmd, onde se encontra todas as informação nescessárias."

Bueno, os destaques falam por si só. Sem falar no uso do "mesmo", o qual tem sido duramente criticado. Esses imbecis deveriam ir pro colégio aprender a escrever, em vez de ficar enchendo o cara de spams. Daqui a pouco eu volto.

23 julho 2006

Finde (um pouco) diferente

Fim de semana diferente, sem as companhias usuais (ops, a Lu tava junto sim!), mas igualmente agradabilíssimas. Na sexta rolou a tão prometida “utopia gordona” com o primo Leandro e a Fernanda. Bah, o cara “dá” pra cozinheiro, com todo o respeito (hehehe). Sacanagens à parte, a massa ficou excelente, mais ainda com o acompanhamento de “Patrícias” e papo engraçado, com capítulo especial pra “momentos espetaculares da família”. Bom mesmo, com repetição em breve comigo nas pick-ups do fogão.

No sábado de manhã, hora de pegar meu sobrinho, o Pi, na casa da tia dele. O guri passou a semana aqui em POA e no finde ficou com a gente aqui. Cada vez me espanto mais com a “gentefinice” do cara, sem corujice de tio. É uma criança especial e, quando tiver um filho, se for como ele, tá ótimo. Mas, bueno, depois do almoço ele quis conhecer a Casa de Cultura Mário Quintana e fomos lá. Que lugarzinho legal. Um monte de possibilidades culturais pra todas as idades e bolsos (tava rolando até uma peça gratuita) e uma vista linda do Guaíba, tomando um café e comendo uma torta no Café Concerto, no terraço do ex-Hotel Majestic. Recomendação de visita, principalmente em uma tarde ensolarada como a de sábado.

De noite ficamos em casa, vendo filme e comendo fondue de chocolate. As escolhas dessa vez foram “Piratas do Caribe 1 - A Maldição do Pérola Negra” (pra contextualizar quando fôssemos assistir a seqüência que tá em cartaz agora) e “Super Size Me”. Tchê, além do mal que a gente sabe que a junk food faz com o cara, o documentário dá outros detalhes bem interessantes, que vão me fazer não comer McDonald’s por um bom tempo. Tomara que pra sempre.

Domingo, almoço no Total e sessão de cinema lá também, pra ver “Piratas do Caribe 2 – O Baú da Morte”. Legal o filmezinho. O fato interessante ocorreu antes do filme, entretanto. Quando fui comprar os ingressos, a moça da bilheteria perguntou a idade do Pi e, sendo ele menor do que a idade da indicação do filme, se ele era meu filho. Disse que não e tive que preencher um termo de responsabilidade pela presença dele na exibição de um filme não indicado pra faixa etária da criança. Legal. Não tem aquele lance de censura, mas deixa "alguém" responsabilizado pela coisa, mesmo que seja apenas no papel.

Bueno, finde acabando bem, mas com aquele gostinho chato de domingo. Ah, o xavante ganhou de novo. Líder isolado e invicto na série C do Brasileiro, com três vitórias em três jogos, dois deles fora de casa. Que continue assim. Daqui a pouco eu volto.

18 julho 2006

Superman returns


Acabo de chegar do Shopping Moinhos, onde vi Superman Returns. Legal. Eu tinha uma expectativa ruim quanto ao filme, principalmente em função dos atores e da "marca" que a versão da infância, com o Christopher Reeve, deixou na lembrança. Bueno, essa versão é muito boa também e merece ser vista.

A partir de agora, teço alguns comentários. Se quem tá lendo pretende ver o filme, não leia o que vem a seguir, sob risco de estragar a diversão. O que segue é voltado pra quem já viu o filme e/ou não se importa de ver algo já comentado.

* Disse meu primo que chorou na abertura do filme, ouvindo o tema original de John Williams, sem frescuras de "repaginação". Eu não chorei, até porque meu herói de infância é o Homem-Aranha, mas confesso que ficou afudê. Nota 10.

* A utilização das imagens com o Marlon Brando, na "caverna" do Super Homem (a propósito, como se chama o cafofo dele?) e tiradas do filme de 1978, foi uma tacada de mestre. Tá certo que só deve ter um valor especial pra quem viu a versão anterior ou é fã do Homem de Aço, mas como eu me encaixo na primeira opção, achei muito massa.

* O tal de Brandon Routh honrou o papel. O cara não foi um Christopher Reeve, mas convenhamos, nem o Cristopher Reeve era o Christopher Reeve no primeiro filme. O ator atual fez bem o papel e, pra mim, promete para os próximos (é óbvio que haverá seqüência!).

* Kevin Spacey como Lex Luthor tá show de bola. Melhor que o irmão do Felipão, o Gene Hackman.

* Lois Lane (Kate Bosworth) precisa envelhecer um pouco. Tem filho e parece irmã do guri, como falou o meu primo no blog dele.

* A propósito, não sabia que a Lois Lane tinha um namorado (o Cíclope, do X-Men) e que ele criava o filho do Super Homem... tinha isso na história original da DC Comics? (Se tu não viste o filme e tá lendo isso, bem feito... eu falei pra não ler!!!)

* Eu li em algum lugar uma opinião dizendo que "faltava confronto físico" no filme. Concordo. Tinha que existir um mega-vilão pra lutar com o cara. De qualquer forma, a tentativa do Bryan Singer de "humanizar" o herói foi válida.

* Queria uma explicação sobre o fato de o Super Homem perder os poderes quando pisou na ilha de kriptonita, mas conseguir erguê-la e lançá-la ao putaquiparispaço. Tá eu sei que ele deu uma recarregada no Sol, como a gente fazia com as pilhas do radinho antigamente, mas isso seria o suficiente??? Hmmm, achei meio braba essa.

* Agora (se tu não viste o filme, insisto, não lê mais!!!!), porra, o Super Homem fica em coma um tempão e ninguém se dá conta de que o Clark Kent também sumiu???

Bueno, resumindo, achei muito bom o filme e vale a pena ver, dando todos os descontos que um filme de herói de quadrinhos merece. Se der, vou ver Piratas do Caribe no finde, junto com o Pi. Daqui a pouco eu volto.

16 julho 2006

Finde caseiro

Depois da onda de calor em pleno mês de julho, a chuva trouxe um friozinho. Bem tímido, mas pode ser classificado de frio, comparado aos mais de 30 graus da semana passada. Em função da chegada "de fato" do inverno (será?), o finde foi caseiro e bom, com um pouco de escrita da tese e descanso. A única nota triste foi o cancelamento do futs com o Bordô F.C. No mais, os programas caseiros suscitaram algumas dicas, que posto aqui. Ah, começo dizendo que na quinta-feira fui ver O Libertino, com Johnny Depp. Fraco, apesar do esforço do ator.

Na sexta, pedimos pela segunda vez umas batatas suíças do Ba Tchê Batata. Bah, muito bom. Pode se pedir pela tele-entrega ou comer lá mesmo. Duas batatas pequenas servem bem um casal. Cardápio, telefone e mais infos no site (não recebi nenhuma batata de brinde pra falar bem do lugar, é que o troço é bom mesmo);



Sábado e domingo, sessão DVD. Dois filmes muito bons: o primeiro, Johnny e June (Walk the Line), conta a história do músico Johnny Cash. Confesso que eu conhecia mais o nome do que o trabalho do cara, mas o filme dá um bom panorama do cantor que conviveu com Elvis, Roy Orbison e Jerry Lee Lewis. Recomendo.






O outro foi Uma Vida Iluminada (Everything is Illuminated). Excelente. Embora seja classificado como "drama" (e é, de certa forma), é bastante engraçado. Com Elijah Wood (o "Frodo"), conta a história de um colecionador de objetos de família, que vai à Ucrânia atrás das origens de seu avô. O resto, só vendo o filme.




Ah, registro esportivo rápido: meu xavante estreou com vitória na série C do Brasileirão - 3 a 2 no Criciúma. Ainda há esperança pra mim no futebol. Daqui a pouco eu volto.

13 julho 2006

Ka-boom!!!


Consegui dar uma curva no Blogspot e agora já posso colocar imagens nos posts! Copiei o código antigo e troquei o nome do arquivo. Dica do Nego. Resolvido o problema, daqui a pouco eu volto.

O mundo sem imagem

Esse post é uma "homenagem" ao mundo sem imagens que está esse blog. Não por vontade do autor, que fique o registro. É que essa p**** decidiu que não quer receber mais as imagens que coloco. Isso já faz um tempo, desde o primeiro post sem foto que aparece aqui. Pensei que fosse uma espécie de "controle de qualidade", mas vi que faz um tempão que não ponho fotos minhas aqui, então abandonei essa hipótese. Acho que deve ser um bug do Blogspot. Nem my friend Nego conseguir resolver a parada. Paciência. Daqui um tempo eu tento postar uma imagem novamente.

Bueno, de qualquer forma, esse bug me deixou pensando como seria o mundo sem imagens. Viagem total. Mas, pô, se deixar um blog sem imagens já dá uma sensação ruim, imagina espalhar isso pra todas as instâncias da vida? Graças a Deus, utópico. However, como já pensaria Poliana (uma baita chata), look at the bright side of things - teria uma pá de coisas ruins que o cara também não veria. A partir disso, resolvi fazer duas listas: uma com coisas recentes/presentes que deveriam ter uma imagem e outra com coisas que não valem a pena enxergar.

* Uma imagem faz falta para mostrar:
1. a Lu (hehehe);
2. a Seleção jogando bem (tá, eu prometo que vou esquecer esse troço de Copa!);
3. a cabeçada do Zidane (tá, foi uma atitude anti-desportiva, mas foi "interessante");
4. o Fernando Vanucci bêbado, ao vivo, apresentando programa na RedeTV;
5. a ida pra Pelotas pro níver da mãe;
6. a ida pra Venâncio pro níver de casamento dos avós da Lu;
7. os gnocchis do Toto e a parceria reunida no sábado passado.

* É bom não ter uma imagem para ver:
1. o fiasco da Seleção (tá, tá!!! Não falo mais nisso!);
2. a cabeçada do Zidane (sim, tá na lista anterior, mas foi uma “coisa feia”);
3. o Fernando Vanucci bêbado ao vivo, apresentando programa na RedeTV (também tá na lista anterior, mas além de engraçado, é deprimente);
4. o início do horário político;
5. a guerra entre senado, congresso e o governo federal, um tentando pôr o povo contra o outro, por meio de “medidas eleitoreiras de última hora”;
6. os ataques e a pré-guerra civil que recomeçou em SP.

Bueno, se alguém tiver mais algum(ns) item(ns) pras listas acima, please, deixem um comentário. No mais, daqui a pouco eu volto. Sem imagens.

05 julho 2006

Chuteiras sem pátria


Bueno, pensei muito antes de escrever esse texto. É a intuição de escrever o lugar-comum que me travou até então, mas acho que a indignação que tomou conta de mim e de tantos outros “técnicos” de plantão foi mais forte e agora vai, mesmo com o risco de ser repetitivo. Já aviso que vou passar longe daquelas bobagens que, de maneira impressionante, voltaram a ser ditas, como "o Brasil vendeu essa Copa de novo". Como Nação, temos que aprender a viver com o fracasso e tentar entendê-lo a fim de evitá-lo.

Nunca tive problemas em perder. O problema é perder sem lutar, e esse é o fato que indigna mais. Está aqui o primeiro lugar-comum. Não é possível entender como profissionais conseguem tamanho estado de apatia frente a tão motivador desafio. QUALQUER UM que jogue bola sonha em jogar uma Copa do Mundo. Como, jogando com um baita time, não se tenta vencer?

Atitude. Ou melhor, a falta dela. Não adianta ser melhor do mundo sem atitude de melhor do mundo. E não estou falando só do Ronaldinho Gaúcho. Falo do Fenômeno, do Kaká, do Adriano, do Roberto Carlos, seguidamente indicados ao posto mais alto dentre os jogadores do mundo. Mais do que atitude de melhor do mundo, faltou respeito. Minha mãe sempre falou “te dá o respeito para ser respeitado”. Como respeitar quem já foi modelo de sucesso e que sucumbe frente à fama, que (acha que) ganha sem jogar, que reina na "pseudo-auto-suficiência"? Além do respeito a si próprios, faltou respeito à Nação que eles representavam, e que não é, há tempos, somente um bando fazendo batucada, o "Olodum do Galvão". A “Pátria de chuteiras” ficou assistindo, como bem falou o Jabor ontem no Jornal da Globo, “as chuteiras sem pátria”. Sem vontade, sem respeito, sem espírito vencedor.

Ainda sobre atitude, Antônio Prada falou na sua coluna no Terra sobre a falta de comando. Eliminados, comissão técnica e jogadores se dispersaram, indo cada um pro lado que queria. Uns vieram pro Brasil, outros pra suas casas na Europa. E o grupo? E o sentimento de unidade? Fica evidente o fato de que o time era um amontoado de jogadores, como nossos times de fim de semana, que são reunidos por telefone e que, logo após o jogo, cada um vai prum lado. A Seleção é (ou deveria ser) mais do que isso.

Falando em comando, não culpo apenas o Parreira. O Zagallo, muito menos, pois sua senilidade e esclerose não permitem responsabilidade. Respeito sua história e ponto. No entanto, e o comando dentro de campo? Em 94 e 98, tínhamos o Dunga. Em 2002, era o Felipão, que estava praticamente dentro do campo. Nesse time, não tínhamos ninguém. Mas o que surpreende é que não tinha um indivíduo que se indignasse com a situação no último jogo, apenas o Lúcio, que não deveria ter moral dentro do grupo, em virtude do caminhão de críticas que recebeu (muitas delas injustas) antes da Copa. Mas como? Se num joguinho de fim de semana, a gente fica fulo da vida quando os “companheiros” de time não correm, não marcam, estão apáticos, COMO QUE NUMA COPA DO MUNDO OS INFELIZES NÃO DÃO UMA SACUDIDA UNS NOS OUTROS? Vi o jogo na SporTV e o Jorginho, ex-lateral em 94 (antecessor do “Cafuzinho paz-e-amor”), falou: “o Dunga era chato, mas se fosse ele já tinha dado uma dura no Zidane pra pôr respeito!”. Não tinha esse homem nesse “time”. Muito se falou/defendeu que o Ronaldinho não jogou nada por estar fora de posição. Pode até ser, mas o que mais me frustrou no Gaúcho não foi sua pífia performance, mas a falta do "espírito dos pampas" e, pra finalizar, a perda total de respeito pelo povo que representa, indo diretamente após a derrota para Barcelona e ficar em alta festa até às 5h da manhã numa boate. Do Adriano, que foi com o camisa 10 para o lugar, eu até esperaria isso. Do Ronaldinho, não. Que tristeza pela eliminação, não? Exagero ou não, garanto que muitos brasileiros não dormiram depois da eliminação, enquanto o melhor do mundo fazia festa.

Bueno, mas como não se pode ser injusto, tem que destacar o futebol e ATITUDE do verdadeiro quadrado mágico: Dida, Lúcio, Juan e Zé Roberto, dando espaço também pro Robinho. O resto vai ter que rebolar pra ganhar moral novamente. Talvez ajude assistir o “teipe” da semifinal Alemanha e Itália. Os nossos “filhos” da final de 2002 mostraram como um campeão deve cair.

Em 2010 eu volto.