holy moments of a waking life

22 setembro 2010

Trânsito em Pelotas: o que é isso?

Antes de começar a falar mesmo sobre o assunto "trânsito", preciso deixar algo bem claro: não gosto de falar mal de Pelotas. Não é bairrismo ou ignorância, mas tenho clara para mim a noção de que os problemas que temos aqui, especialmente aqueles que apontam no povo pelotense, são características do brasileiro de modo geral. Assim, nossos defeitos não são exclusividade nossa, mas de uma cultura mais abrangente, a saber, a de levar vantagem em tudo. A educação, a cordialidade, os deveres só são necessários nos "outros". Mas esta é outra história.

Bom, agora entro no assunto "trânsito". Eu realmente não entendo a sucessão de trapalhadas e as constantes demonstrações de incompetência do governo municipal para gerenciar aspecto tão urgente na cidade. Os apelos por soluções são constantes em todo o país e na nossa cidade. Coincidentemente, o Diário Popular, jornal da família do prefeito atual - Adolfo Fetter Jr. - está fazendo matérias especiais sobre os problemas do/no trânsito nesta semana (talvez o prefeito não leia o próprio jornal).

Mas a que trapalhadas me refiro? Não vou discutir o fato do tal "azulzinho" pego dormindo em serviço (aliás, os azuizinhos foram "criados" em Pelotas no governo de Fernando Marroni/PT... será que foi por isso que ele perdeu a reeleição? Será que é por isso que eles sumiram no governo Fetter? Enfim, deixo as questões de lado, pois este post não é partidário). Vou tratar de trapalhadas que presenciei na última semana.

Na sexta-feira (17), por volta das 18h e, portanto, "horário de pico", dobro da Barroso para a Domingos de Almeida e me deparo com um congestionamento. Motivo: três guris à cavalo (e conduzindo outros três equinos) troteavam em meio aos carros (foto abaixo). Não sendo pouco, os guris - talvez empolgados com o 20 de Setembro que se aproximava - andavam em zigue-zague, obrigando os motoristas, que não eram poucos àquela hora, a desviar. Onde andavam os azuizinhos, em uma avenida e horário de fluxo intenso? A hora da sesta já havia passado...

Domingos de Almeida, sexta, 18h

Ontem, terça à noite. Poderia ser qualquer noite, pois o fato é constante. Quero cruzar a Bento pela Anchieta, em direção ao bairro. Aguardo, entre o canteiro, que o fluxo - também intenso - diminua e me permita passar. Aliás, tenho que elogiar a iniciativa da SMTT de criar um "corredor" próximo à calçada do Parque Dom Antônio Zattera, permitindo que motoristas como eu possam seguir para a Anchieta quando carros que vêm pela Bento sinalizam que vão dobrar no Lobão. O tal "corredor" seria minha salvação, não fosse o fato de haver carros estacionados na área. A foto abaixo, apesar de pouco nítida, permite visualizar a placa que, lembrando meu teste para a carteira de motorista, significa "proibido parar e estacionar a qualquer tempo". Já era noite, mas não era tão tarde para os azuizinhos já estarem dormindo. Será que o prefeito não estava jantando por lá? Já o vi entrando na Galeteria Lobão outro dia e, antes de entrar, jogando uma bituca de cigarro na calçada... Enfim...

É proibido proibir!

Finalizando, ontem e hoje, o caos formou-se nas esquinas da Antônio dos Anjos e Gonçalves Chaves (onde moro) e no "famigerado" cruzamento de Juscelino, Domingos de Almeida e Antônio dos Anjos. Ao final da tarde de ontem, uma equipe trocava as sinaleiras, me pareceu que trocavam para o sistema de LED. Passei pela equipe e entrei no meu prédio. Mais tarde, saí e vi que a sinaleira não estava funcionando. Hoje pela manhã, 8h e, portanto, "horário de pico", fui passear com o cachorro e as sinaleiras continuavam desligadas. Um carro quase bateu em uma moto. Voltei do almoço, 13h30, outro "horário de pico", as sinaleiras continuavam adormecidas. Muita buzina e irritação. Tirei a foto abaixo (perdão pela nitidez). Lá embaixo, no tal cruzamento, um dos lados não funcionava, o que invalidava o esforço do outro conjunto de luzes.

As sinaleiras também sesteiam!

Ao fim do dia, o conjunto da esquina de minha casa já funcionava. Porém, aquelas do cruzamento Juscelino/Domingos de Almeida/Antônio dos Anjos ainda não dialogavam. O resultado está na foto abaixo.

Acidente (mais um) no cruzamento

Embora não apareça na foto, havia um azulzinho no local. Deve ter vindo bem rápido, afinal há mais ou menos um mês um Uno capotou no mesmo endereço.

Conclusão: entendo que não é possível resolver/controlar todos os problemas no trânsito em uma cidade. Morei em Porto Alegre até pouco tempo e, embora haja um controle maior do poder público, deixando as pessoas "em alerta", há problemas. No entanto, nosso governo municipal peca pelo básico. Será que não há como planejar que consertos sejam feitos de maneira rápida, não deixando cruzamentos movimentados e, consequentemente, perigosos sem assistência? Mais: por que não ficam agentes de trânsito de plantão nos tais cruzamentos enquanto o conserto não termina? Sobre o estacionamento em local proibido, até aceito que seja difícil verificar o cumprimento da lei em ruas pouco movimentadas, mas na Avenida Bento Gonçalves, próximo de um restaurante com grande e constante movimento de clientes? Ou será justamente por isso que não há fiscalização?

Posto isso, entendo que a única ou principal diferença entre os seres humanos pelotenses e os seres humanos brasileiros em geral é a certeza da impunidade, da falta de controle e de assistência do governo. Lembro que logo que surgiu a "maldição dos azuizinhos" em Pelotas, todo mundo reclamava, mas andava mais na linha. Alguém precisa dizer para o nosso prefeito que asfalto é muito importante para o trânsito (e o parabenizo pelo trabalho), mas é preciso muito mais do que isso, especialmente ações que custam bem menos do que pavimentar ruas e avenidas.

Daqui a pouco eu volto.

16 setembro 2010

Dúvida musical: o "Sertanejo Universitário"

Este post é para ser rápido e desafiar o leitor do blog (se é que ele - o leitor - existe!).

Que diabos é o gênero "sertanejo universitário"?

O sertanejo, hoje, já não tem nada de sertanejo, tomando como referência Tonico & Tinoco, Sérgio Reis e outros intérpretes tradicionais. O sertanejo está mais para "brega romântico" ou o popular rótulo "música de corno".

Agora, o que seria o "sertanejo universitário"? As letras falariam de exames, optativas, matrículas, formaturas? As músicas tratariam de reitores, estágios, professores, pesquisas? O que é o "sertanejo universitário", meu Deus?!?!?

Bom, o Google e a Wikipédia me salvaram. Eis aqui a definição do gênero musical:

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Sertanejo Universitário provém da música sertaneja, sendo seu terceiro movimento. Canções simples predominam nesse estilo, e por conta dos cantores jovens é considerado "universitário".

De origem pantaneira oriunda do estado do Mato Grosso do Sul, tendo como seus precursores a dupla João Bosco e Vinícius, que em 1994 iniciaram sua carreira tocando em bares para universitarios na capital Campo Grande.

Por surgir após o segundo movimento sertanejo (o Sertanejo Romântico), esse estilo já não conta com letras tão regionais e situações vividas por caipiras (como o Sertanejo Raiz). Geralmente as músicas tratam de assuntos do Sertanejo Romântico da forma como os jovens veem (assuntos como sair com várias mulheres e traição)
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Minha conclusão com base na última frase da definição é que o "sertanejo universitário" é "música de corno jovem e urbano".

Na minha ferrenha busca, descobri que há também o pagode universitário e o forró universitário. Curioso? Clica aqui e aqui.

Daqui a pouco eu volto.

02 setembro 2010

Bed intruder

Volta e meia surgem hits na Internet... um vídeo, uma história, às vezes trágicos, mas em sua maioria engraçados (e/ou ridículos). Quem não lembra do Jeremias (foi u cão quem butô pá nóis bebê!), do Tapa na Pantera, do Carro Velho, dentre tantos outros?

Bueno, hoje me deparei com mais um desses hits: o Bed Intruder. Originalmente uma notícia de telejornal, o vídeo virou um remix e, em seguida, um viral que convida as pessoas a fazerem suas próprias versões musicais da notícia. Abaixo, seguem a notícia, o primeiro remix e a versão do Rafinha Bastos, que foi quem me apresentou Antoine Dodson (o "artista"). Cuidado, a música "cola"! Passei o dia cantando o refrão.

A notícia:


O primeiro remix:


A versão do Rafinha Bastos:


"You don't have to come and confess, we're looking for you/We gonna find you, we gonna find you..."

Daqui a pouco eu volto.