holy moments of a waking life

28 abril 2006

Campos de Cima da Serra e Instinto Selvagem


Bueno, esse post é meio "pra cumprir tabela". Tô meio sem inspiração, atolado de trabalho, mas com dois fatos pra destacar na semana que passou. Um foi a ida pra Cambará do Sul no feriado, o outro é sobre cinema.

Dia 21 de manhã cedo (beeeeem cedo!) saímos em caravana rumo aos “Campos de Cima da Serra”. A trupe foi composta por mim, Lu, Clá e Cris, Ane, Toto, Osi e Bernard, Curuca, Nego meNino e a meNina. Também juntaram-se ao grupo a Paula e o Luciano (“Stronzzi!!!”) e a Josi, Raquel e Anderson (esse trio agregou-se lá em Cambará mesmo). Vale registrar que os últimos cinco “elementos” eram praticamente desconhecidos meus, mas revelaram-se grandes parceiros de viagem e indiadas. Valeu, pessoal! Que venham outras.

Cambará é um lugar pitoresco. Lembra um vilarejo. Os restaurantes – que não são muitos – fecham às 22h e parece que só tem uma agência bancária (Banrisul). As pessoas dos estabelecimentos comerciais (diga-se de passagem, na sua maioria, extremamente amáveis e atenciosos) “se assustam” quando chega muita gente. Enfim, não há NADA pra fazer além de visitar os cânions e fazer trilha. E não precisa mais. Recomendo a visita, tanto no frio, quanto no calor. E se for com uma GRANDE PARCERIA, melhor ainda! A foto que abre o post serve pra ilustrar, ainda que uma imagem não revele toda a beleza que tem o lugar.

Quanto à dica de cinema, na verdade é uma “contra-dica”. NÃO assistam “Instinto Selvagem 2”!!! É um dos piores filmes que assisti ultimamente. Tá certo que eu não podia esperar muito, e realmente não esperava. Eu até falei pro Toto e pra Lu que devia ser uma bomba, mas é daqueles filmes blockbuster que tu tens que ver. Bueno, se é uma bomba, é uma MDW (mass-destruction weapon). O filme é um amontoado de diálogos clichés (que novidade) repetidos do Instinto Selvagem 1. O cara que contracena com a canastrona da Sharon Stone é/está artisticamente incapaz. O roteiro é arrastado e chato. Resultado disso? Eu e a Lu dormimos. Pra não dizer que não tem nada pra elogiar, a forma física da Sharon Stone, aos 47 anos, é notável. Pena que isso não seja mérito do filme, mas sim dela. Ah, e mesmo assim, não vale o ingresso.

Feriado do Dia do Trabalho se aproximando. Vai ser um feriado de trabalho. Muito. Daqui a pouco eu volto.

20 abril 2006

Joan Miró, Páscoa e elocubrações sobre o mundo virtual


Miró: há 113 anos nascia Joan Miró, em Barcelona. Eu não pinto nada, mas se fosse pintor queria pintar como ele. Segue uma foto de Dutch Interior I, óleo sobre tela de 1928, em exposição no MOMA, NY.

Páscoa: o feriadão resumiu-se a muito squash (três horas na sexta e outras três no sábado, na companhia do Toto, Luke, Cris, Adriano e mais dois caras que eu não lembro os nomes!) e família. Na sexta, ainda levei o Pi e meu irmão ao cinema, pra ver “Era do Gelo 2” (sim, eu já tinha visto, mas vi de novo) e dei uma volta com o Cacá e o Alemão. Sábado de noite rolou churras na casa do Roy (ou dos pais dele!), com direito a muito papo e a participação da “figura” do filho do Tom. Que criança linda e carismática... Domingão, níver da tia Dedê em "Saint Laurent", encontro de boa parte da parentada (vide foto acima). Muita risada e papo legal! Temos que fazer outros... A nota “negativa” do finde foi a ausência da Lu por “justa causa”, afinal, Páscoa é com a família.

Bueno, mas vamos às elocubrações (êta palavra feiosa!): o que me levou a escrever esse post (que talvez seja um daqueles bem longos) foi uma série de fatos que ocorreram e têm ocorrido ao meu redor, mais especificamente nesse e em outros blogs. Cada vez mais me convenço que, ainda que sejam necessários alguns ajustes, o meio virtual vem se tornando cada vez mais real, não somente para questões profissionais, mas também sociais. Até pouco tempo atrás, salvo melhor juízo, um meio como o blog era ponto de encontro de conhecidos. Não eram comuns as visitas de pessoas “estranhas”, não conhecidas previamente no mundo presencial. Hoje, no entanto, parece que aumenta cada vez mais o número de pessoas que se conhecem primeiro (ou exclusivamente) no mundo online.

Embora trabalhe nesse novo meio, não acredito que ele substitua a interação face-a-face à altura. No entanto, não posso deixar de admitir que ele vem se configurando como uma ótima alternativa para (re)encontrar pessoas legais. Peço licença aqui para fazer referência a duas pessoas em especial, que servirão como exemplo do que estou falando. A primeira é a Carolina* (sim, com asterisco). A Carol foi minha aluna em Pelotas. Sempre quietinha, super esperta e “ligada” nas coisas. Adorava a presença e a participação dela nas aulas. No entanto, ainda que tivesse um carinho especial por ela (com todo o respeito!!!) e ocasionalmente conversássemos após uma ou outra aula, nunca me considerei muito próximo a ela além da relação professor-aluna, principalmente por minha parte e por minhas “convicções profissionais”. Com o Orkut e agora o blog, a presença dela é bem mais próxima, pelo menos eu tenho essa impressão. É muito legal receber a visita dela aqui, mesmo que seja pra um “oi”... [;)] Carol, continue aparecendo, ok?

O outro “indivíduo” é o Marcos. Embora ele nunca tenha comentado algum texto aqui (nem tem a obrigação!), o Marcos é um cara que se tornou “chegado” pelo virtual. Mais goivo ainda, ele é comentarista cativo no blog do Nego, ou seja, fomos “apresentados” por um amigo de forma virtual. Achei legal quando vi que tinha um apelido dado por ele – "Rafusca” – o que denota alguma proximidade. Além disso, o cara acompanhou meu amigo Nego em uma fase chata, ouviu e aconselhou, viu a ascensão e os passos dados. Em outras palavras, fez o que um amigo faz. É visível em seus comentários lá o carinho dele com a meNina, comigo, com os demais amigos que naquele blog são referidos. Num dos últimos comentários lá, ele disse: “Acho que já faço por merecer ser ‘quase da turma’”. Acho que sim, Marcos.

Não tenho dúvida que o espaço virtual não substitui o presencial. Insisto que a interação face-a-face ainda é mais completa (afinal, no virtual fica difícil tomar cerveja com os amigos!). No entanto, não posso deixar de ver que o novo espaço parece potencializar reações tipicamente humanas, sejam elas de amor, ódio, solidariedade, inconformidade, etc. Do jeito que a coisa avança, e da forma como “macacos velhos” estão aprendendo a lidar com e usando esses novos recursos, não me surpreenderia se uma ou duas gerações adiante achasse a interação em meio virtual completa.

Bom, era isso. Daqui a pouco eu volto.

13 abril 2006

Happy Easter

Post rápido que nem coelho... de Páscoa. Daqui a aproximadamente 21 minutos tô partindo pra Pelotas pra curtir a família. Domingo acho que vai rolar um churras "familião" em "Saint Laurent", tem tudo pra ser legal.

Deixo aqui meu abraço e beijo aos que porventura passarem por aqui! Feliz Páscoa pra vocês e seus queridos! Daqui a pouco eu volto.

10 abril 2006

Weekend in "couple-in-peace" style


Bah, esse finde foi legal. Tava querendo e precisando parar um pouco em Porto Alegre, desacelerar, organizar a vida e tocar as coisas adiante. Em dois dos três finais de semana anteriores peguei estrada – um pro níver do pai em Pelotas e outro pra ir com a Lu pra Venâncio – e foi muito legal e tal, mas estava na hora de fazer uma pausa.

Sexta de noite, embora tivéssemos vontade de sair, acabamos ficando em casa. Fiz uma massa pra nós e depois ficamos tocando violão, harmônica e cantando... foi engraçado... Hehehe... tudo isso regado a dois litros de Patrícia com garrafa “mofada” de tão gelada. Ainda assistimos à estréia do novo programa do Luís Fernando Guimarães, que rendeu muita risada... quem não deve ter se divertido muito foi o Amaury Jr., pois o que o L.F.G. faz é uma paródia àquelas colunas sociais eletrônicas. A música tema lembra muito a do programa original, sem falar que o comediante tá a cara de um outro colunista-apresentador desses... acho que o nome dele é Ramy (e o programa parece que é “Estilo Ramy”... Eca!!!).

Sábado, depois de dormir até um pouco mais tarde, rolou um almoço legal e um futsete mais legal ainda! No campo do Santo Inácio, numa grama que dava vontade até de comer, junto com meu amigão de longa data Nilo e uma galera muito jóia. Corri muito e vi que meu preparo não está dos piores... thank you, my dear weekly squash. Chegando do jogo, e e a Lu fomos ver um apê afudê, muito legal mesmo. Mas por enquanto só resta dizer: dream on, dream on... [:P] De nights, rolou um Cavanhas e um Zelig. Programinha “simplesinho mas bonitinho”, depois de umas Originais, conversar muito sobre tudo e todos – inclusive nós dois – home. Tchês, como gosto de falar com a Lu... até quando o papo acaba é bom, pois qualquer coisa ao redor é gatilho pra recomeçar a conversa. Chegando em casa, ainda meio "tocadito", visita rápida ao blog do Nego e uma postagem meio etílica... sorry, Nego! Mas vi que o cara tava curtindo a família em alta rotação por lá. Que beleza!

Domingo, acordar cedo, comer fruta, fazer mate e passear no Bric. Coisa boa, não lembrava mais como era esse tipo de atração domingueira. Ligamos pro my little pal Toto e encontramos com ele lá. Passeio feito, compras pra casa, almoço e tarde caseira.

Esse foi o finde "couple-in-peace" style. No próximo, Páscoa em Pelotas (so, on the road again...). Daqui a pouco eu volto.

09 abril 2006

Era do Gelo 2


Bom, não podia faltar o momento “dica de cinema”. Na quinta-feira, eu e a Lu fomos com o Roy e a Bel ver Era do Gelo 2. Eu não tinha visto o primeiro (e ainda não vi), só alguns trailers e uns teasers com o esquilo dente-de-sabre – o Scrat (foto acima) – e já achava que era engraçadíssimo. Por sinal, no segundo filme suas aparições são impagáveis (não sei como era sua participação no primeiro, mas vou assistir certamente).

Vale destacar, pra quem não sabe, que a direção do segundo filme é brasileira: Carlos Saldanha comanda os trabalhos, após co-dirigir o primeiro Era do Gelo e Robôs.

Animação feita pra crianças, agrada MUITO os adultos. Há piadas pra todas as faixas etárias e não exagera nos trechos “musicais” (e o que tem, com Sid e outras preguiças, é impagável).

Assistimos a versão legendada, muito legal mesmo, pois sabendo um pouco de inglês, não se perde nenhuma piada com alguma eventual tradução mal feita. No entanto, já me disseram que a dublagem de Sid – feita pelo Tadeu Melo, ator que faz a Turma do Didi (blergh!) e Lisbela e o Prisioneiro (oba!) – é engraçadíssima.

Vi e recomendo. Daqui a pouco eu volto.

04 abril 2006

Ignorance is a blessing


É impressionante como a Internet e os recursos de interação que dispomos por meio dela (chats, blogs, orkuts, MSNs, etc.) potencializam as “neuras” humanas. Ou melhor, é preciso fazer duas correções na frase anterior. Primeiro: tal fato não é impressionante anymore. Já foi até, mas hoje isso não me impressiona mais, principalmente por trabalhar e viver nesse meio. Segundo, a Internet e seus recursos de interação não potencializam só as “neuras”, mas sensações mais amenas e agradáveis também, como aproximar familiares e amigos distantes, fazer novos amigos e até mesmo amores. No entanto, vou me dedicar às “neuras” e afins, pra poder chegar na frase que entitula esse post e que um professor de literatura do tempo de faculdade falou quando dissertava sobre o que aconteceria conosco – até então “leitores ingênuos” – após desenvolvermos a habilidade de análise literária. Ainda que a frase tenha sido dita em ambiente acadêmico, ela serve pra toda e qualquer área da vida, penso eu.

É óbvio que é legal encontrarmos e mantermos contato com pessoas de quem gostamos. Confesso que também é bom dar “aquela espiadinha” (será que tenho que pagar à Globo pra usar essa expressão “bigbrotheriana”?) na vida dos outros. Creio que essa curiosidade e bisbilhotice é algo tipicamente humano e inevitável. No entanto, ferramentas como Orkut, blogs e MSN dão espaço pro exagero, pro fuxico na vida alheia e pras suas conseqüentes ações (que, infelizmente, não ficam no virtual). Pior de tudo, muitas vezes as “diligências online” não encontram fatos concretos, apenas indícios ou “combustível” pra imaginação preencher as lacunas. Tristemente, tais lacunas são preenchidas na maioria dos casos com coisas ruins, mal-interpretadas e/ou inexistentes. Além disso, tem a exposição pessoal em comunidades do tipo Orkut, onde podemos colocar toda sorte de informações pessoais, chegando até mesmo a telefone e endereço residencial. No entanto, é freqüente a instauração da celeuma quando a omissão de certas informações é lida como “falcatruagem”. Não sou ingênuo ao ponto de ignorar essa possibilidade, mas não deixo de ver a possibilidade de ser apenas zelo, ou então, uma demo do sentimento “ninguém-tem-nada-a-ver-com-a-minha-vida”. Particularmente, há tempos não coloco se estou “committed”, “single” ou “married”. Ninguém tem nada a ver com isso, a não ser eu e – hoje – a Lu. E é triste ver que muitas pessoas vêem o fato de não haver informações desse tipo lá como falta do fato em si. Peraí! A falta da informação lá não quer dizer que falte o relacionamento, o amor, o respeito. Ao contrário, já vi casos em que o “relationship status” é declarado mas tudo não passa de uma farsa. E aí? O que dizer? O que fazer? Pra mim, a saída é não procurar “chifre em cabeça de cavalo”, nem dar ouvidos aos que pensam o contrário, mesmo que o eqüino possa aparecer como um boi ao final do período.

Bueno, não estou condenando as ferramentas, afinal, se o fizesse estaria dando tiro no próprio pé e arriscando perder meu ganha-pão. Essa questão da “procura de informações com vistas ao controle” é anterior a isso. Saindo do campo pessoal e dando uma escorregada no profissional, na própria EaD há a discussão sobre a “informação para controle” e a “informação para conhecimento”, com a segunda opção ganhando cada vez mais força – graças ao bom Deus (?). No entanto, reforço o que disse em outro post – é preciso que se reflita no uso que se faz delas, pois, no final, as ferramentas podem ficar, mas os relacionamentos de amizade e amor não. Tais relações são (ou pelo menos deveriam ser) sustentadas e alimentadas com sentimentos e ações mais nobres e concretas. Nesse sentido, ligando o uso dos recursos com as relações humanas, na minha opinião, ignorance is a blessing. E acho que a figura do post ilustra bem como as relações humanas poderiam ser mais “divertidas”, sejam elas entre amigos, namorados ou algo que o valha. Como talvez fique pequeno pra ler, a frase diz: "it is amazing how much easier it is for a team to work together when no one has any idea where they're going".

As coisas acontecem – sejam ruins ou boas – independentemente do controle e vigilância que tentamos ter sobre elas. Daqui a pouco eu volto.