(Re)Surge um talento... [;P]
Sorry, folks... mas continua a fase de muito trabalho, muita preocupação na cabeça e pouca inspiração. Está tudo numa boa, eu diria, as preocupações que ocupam essa caixa craniana são/eram mais do que esperadas e, em função da sua previsibilidade, não abalam o estado das coisas. A única conseqüência "mais grave" é que o blog fica meio largado. [:(]
Mas, enfim, as últimas semanas têm tido como "válvula de escape" programas caseiros com a Lu (com ou sem amigos) e esporte. Muito esporte, em comparação a alguns meses atrás. Além do sagrado squash, o futebolzinho tem sido uma constante, com parcerias diversas. Todo o sábado rola um numa quadra de futsete PERFEITA, além de algum durante a semana numas quadras de grama sintética e outro com um time de futebol de campo. Sim, 11 pra cada lado, com direito a árbitro, fardamento completo, organização tática, votação do melhor em campo e tal. Muuuuuuito legal. O cara acaba se sentindo "o profissional da bola". Foi tão jóia esse jogo de campo que vou até falar sobre ele aqui. Tudo que vou escrever é verdade, mas contado a partir da visão do dono do blog e boleiro de plantão. [;P]

Intervalo. O capitão do Bordô decidiu efetuar duas trocas. Era a minha chance. No entanto, o momento era de doação – era preciso que eu atuasse na lateral-direita, posição na qual nunca havia atuado. Todos que acompanham meu futebol sabem que minhas posições de origem, desde as categorias de base, são tanto a de meia apoiador (estilo Kaká, “servindo” os atacantes e até tentando o gol eventualmente) ou atacante (tipo Nazarildo, ex-jogador do rubro-negro – pouca técnica, mas muita raça e dedicação, além de ser um corredor nato). Embora tenha ficado inseguro, com o apoio dos companheiros encarei o desafio. No primeiro lance de perigo, bola alçada na nossa área, buscando o atacante que entrava pela esquerda do ataque, tiro de cabeça, com segurança. De saída, percebi que o atacante que jogava por aquele lado era rápido e poderia me complicar. Qual foi a saída? Jogar a preocupação pro lado dele. Na primeira oportunidade de sair jogando, driblo o tal atacante com o famoso “drible da vaca” e arranco e profundidade. Tentam me parar, mas a minha arrancada é fulminante. Vejo nosso centroavante (como diriam os mais velhos, o “centerfófa”) entrando por trás da zaga e enfio um passe cruzado. Jogada perfeita e legal, mas sinalizada erradamente pelo árbitro como impedimento. O ponteirinho adversário ficou preocupado com a arrancada a la Cafu e reduziu suas investidas pela direita da nossa defesa.
Logo em seguida, nossa equipe ampliou, num contra-ataque mortal, para 3 a 0. Entretanto, a pressão continuava. Bola na área, vinda de um escanteio, quicando e "pedindo pra ser possuída" por um atacante. Afasto com um chute, pois na área não é lugar pra brincadeira. Alguns minutos depois, nossa equipe dá o golpe de misericórdia no oponente – 4 a 0. Ainda havia tempo para minha última participação ofensiva, mais uma arrancada a partir de uma roubada de bola na nossa intermediária defensiva. O marcador tentou me derrubar, puxar da camisa 20, mas o vigor físico e a velocidade falaram mais alto. A bola é tocada para nosso atacante que, por preciosismo, deixou de passar para outro companheiro que entrava livre, de cara pro gol, e foi desarmado. No entanto, nem a leve distensão na parte anterior da coxa esquerda que resultou do lance diminuiu o brilho da estocada.
Final de jogo. 4 a 0 para o Bordô F.C. e a descoberta de um talento promissor na lateral-direita e um "coringa" para o treinador. Elogios da comissão técnica, rumores de convocação para a próxima partida e a contemplação com a “chuteira do jogo”. Te cuida, Cafu!
Bom, esse é relato “romântico”. Na verdade, eu devo ter sido chamado porque não tinha gente o suficiente pra encarar um jogo num sábado à tarde, debaixo de muita chuva. No entanto, a satisfação com o meu próprio futebol e a descrição dos lances são verídicos, tirando a “liberdade poética”.
Influência da Copa do Mundo. Daqui a pouco eu volto.