holy moments of a waking life

29 maio 2006

(Re)Surge um talento... [;P]


Sorry, folks... mas continua a fase de muito trabalho, muita preocupação na cabeça e pouca inspiração. Está tudo numa boa, eu diria, as preocupações que ocupam essa caixa craniana são/eram mais do que esperadas e, em função da sua previsibilidade, não abalam o estado das coisas. A única conseqüência "mais grave" é que o blog fica meio largado. [:(]

Mas, enfim, as últimas semanas têm tido como "válvula de escape" programas caseiros com a Lu (com ou sem amigos) e esporte. Muito esporte, em comparação a alguns meses atrás. Além do sagrado squash, o futebolzinho tem sido uma constante, com parcerias diversas. Todo o sábado rola um numa quadra de futsete PERFEITA, além de algum durante a semana numas quadras de grama sintética e outro com um time de futebol de campo. Sim, 11 pra cada lado, com direito a árbitro, fardamento completo, organização tática, votação do melhor em campo e tal. Muuuuuuito legal. O cara acaba se sentindo "o profissional da bola". Foi tão jóia esse jogo de campo que vou até falar sobre ele aqui. Tudo que vou escrever é verdade, mas contado a partir da visão do dono do blog e boleiro de plantão. [;P]
Fui convocado na última hora. Provavelmente devido à lesão de algum jogador, faltava alguém para completar o escrete que iria representar o Bordô F.C.. A data para inscrição dos jogadores estava por expirar e um nome teria que ser escolhido. Por minhas atuações em dois amistosos, cheias de raça e aplicação tática, além de um forte espírito de equipe, fui chamado pela comissão técnica. Sabia que começaria na reserva, mas o importante era compor o grupo, estar ali e ter a chance de lutar por uma vaga na equipe titular. A partida de estréia seria no estádio do adversário – o Monumental Campo Branco, em Viamão. Mesmo com a chuva, o gramado mostrou ter um ótimo sistema de drenagem, digno dos gramados europeus. O jogo revelou-se um clássico: muita pegada e lances ríspidos, com chances de abrir o escore de parte a parte. No entanto, nossa equipe – o Bordô F.C. – aproveitou as falhas do adversário e marcou duas vezes, uma delas de pênalti. A pressão adversária era enorme, o árbitro parecia ser, no mínimo, fraco tecnicamente, para não dizer mal-intencionado, e o segundo tempo prometia ser duro, principalmente porque o gramado e a chuva castigavam nosso elenco e tínhamos apenas duas opções no banco de reservas – uma delas, eu – enquanto o oponente tinha um banco cheio. As perspectivas não eram as melhores.

Intervalo. O capitão do Bordô decidiu efetuar duas trocas. Era a minha chance. No entanto, o momento era de doação – era preciso que eu atuasse na lateral-direita, posição na qual nunca havia atuado. Todos que acompanham meu futebol sabem que minhas posições de origem, desde as categorias de base, são tanto a de meia apoiador (estilo Kaká, “servindo” os atacantes e até tentando o gol eventualmente) ou atacante (tipo Nazarildo, ex-jogador do rubro-negro – pouca técnica, mas muita raça e dedicação, além de ser um corredor nato). Embora tenha ficado inseguro, com o apoio dos companheiros encarei o desafio. No primeiro lance de perigo, bola alçada na nossa área, buscando o atacante que entrava pela esquerda do ataque, tiro de cabeça, com segurança. De saída, percebi que o atacante que jogava por aquele lado era rápido e poderia me complicar. Qual foi a saída? Jogar a preocupação pro lado dele. Na primeira oportunidade de sair jogando, driblo o tal atacante com o famoso “drible da vaca” e arranco e profundidade. Tentam me parar, mas a minha arrancada é fulminante. Vejo nosso centroavante (como diriam os mais velhos, o “centerfófa”) entrando por trás da zaga e enfio um passe cruzado. Jogada perfeita e legal, mas sinalizada erradamente pelo árbitro como impedimento. O ponteirinho adversário ficou preocupado com a arrancada a la Cafu e reduziu suas investidas pela direita da nossa defesa.

Logo em seguida, nossa equipe ampliou, num contra-ataque mortal, para 3 a 0. Entretanto, a pressão continuava. Bola na área, vinda de um escanteio, quicando e "pedindo pra ser possuída" por um atacante. Afasto com um chute, pois na área não é lugar pra brincadeira. Alguns minutos depois, nossa equipe dá o golpe de misericórdia no oponente – 4 a 0. Ainda havia tempo para minha última participação ofensiva, mais uma arrancada a partir de uma roubada de bola na nossa intermediária defensiva. O marcador tentou me derrubar, puxar da camisa 20, mas o vigor físico e a velocidade falaram mais alto. A bola é tocada para nosso atacante que, por preciosismo, deixou de passar para outro companheiro que entrava livre, de cara pro gol, e foi desarmado. No entanto, nem a leve distensão na parte anterior da coxa esquerda que resultou do lance diminuiu o brilho da estocada.

Final de jogo. 4 a 0 para o Bordô F.C. e a descoberta de um talento promissor na lateral-direita e um "coringa" para o treinador. Elogios da comissão técnica, rumores de convocação para a próxima partida e a contemplação com a “chuteira do jogo”. Te cuida, Cafu!

Bom, esse é relato “romântico”. Na verdade, eu devo ter sido chamado porque não tinha gente o suficiente pra encarar um jogo num sábado à tarde, debaixo de muita chuva. No entanto, a satisfação com o meu próprio futebol e a descrição dos lances são verídicos, tirando a “liberdade poética”.

Influência da Copa do Mundo. Daqui a pouco eu volto.

4 Comments:

Blogger Fonseca said...

Mas que espetáculo! Até pensei em me "escalar" pra jogar um desses jogos, mas tu é profissa! Tô fora!! hehehe...

Abraço!

maio 29, 2006 8:35 PM  
Blogger Rafael said...

Liberdade poética, meu caro primo... liberdade poética... [;P]

Abração pra ti!

maio 29, 2006 11:29 PM  
Anonymous Anônimo said...

Ae tche,

Sai pra lá com esse monte de mentiras!!! Baita perneta!!! :-)

To brincando, o jogo do cara é "abusiiivo". Todo sábado ele tenta meter uma bola de cobertura no goleiro. Quando não é gol, bate no travessão.

Abraço meu velho.

junho 06, 2006 1:09 AM  
Blogger Rafael said...

Huahuahuahuahuahua!!!

Bah, Negão, essa do "abusiiiivo" foi boa!!! ;D

Nada como ter verdadeiros amigos... ou amigos cegos!!!! Huahuahuahua!!!

Abração, tchê! Sábado tem mais!

junho 06, 2006 1:22 AM  

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