Momento "vida em quadrinhos"
Bueno, conforme o que havia prometido, aqui vai o segundo post depois de um seventeen-day break.
-----------------------------------------------
Eu sou um otimista. Às vezes me questiono frente ao pessimismo alheio e às situações críticas que passo ou que outras pessoas passam, mas no fim acabo encarando as coisas por meio de um prisma (ou caleidoscópio, como diria o Nego) de otimismo, na maioria das ocasiões. Penso se não sou insensível à dor dos outros, ou se não interpreto acontecimentos de forma errada. Também acho, em alguns momentos, que tenho uma visão ingênua das coisas. Em outras palavras, ser otimista é um incômodo moral em certas horas, pois a reflexão me toma tempo e neurônios que no estágio atual da minha vida não queria gastar.
De qualquer forma, a conclusão que sempre chego é: ser otimista me faz viver melhor. Chego a especular que deixar de sê-lo me derrubaria frente às adversidades da vida. O otimismo é meu superpoder.
No entanto, não sou “Poliana” sempre. Vejo os problemas e tento resolvê-los. Não me alieno. Posso fraquejar aqui e ali, mas a visão otimista não me cega. Mais, procuro espalhar esse meu otimismo para os meus queridos (não sou santo, não consigo “ajudar” quem eu não gosto). E essa minha atitude se liga a algo que falei em um post uns tempos atrás, sobre a tendência que tenho em achar semelhanças com meu herói de infância, the amazing spider-man.
Não tô nem aí se a vida do Peter Parker não é a melhor, ou não tão boa como pode e vai ser (ele tem a Mary Jane e isso tem sido muito bom. Ótimo, eu diria). A questão não é a vida dele – que com problemas ou não, ele sempre dá um jeito. O dilema é que, por mais poderes que ele tenha, ele não pode proteger a Tia May todo o tempo. O Tio Ben morreu. As pessoas queridas que cercam o herói não podem ser protegidas o tempo todo. Pior que isso, elas tornam-se o calcanhar de Aquiles do aracnídeo. Isso incomoda, preocupa e seguidamente enfraquece o cara, por mais poderes que ele tenha.
O que deixa Peter Parker sem saber o que fazer é ver que o que ele pode fazer para ajudar não é suficiente. É preciso mais, é preciso que aquele que necessita de ajuda se ajude também. O “vilão” não é externo, mas sim interno, a própria vítima. É mais difícil entender quando quem queremos ajudar tem “poderes” também, capacidade e inteligência, mas é refém de seu ponto fraco – igualmente seus queridos. E mais: embora não tenha forças pra se ajudar, tem forças pra resistir à oferta de ajuda. É mais ou menos como a história do Dr. Octopus: uma baita cabeça que se deixou entregar, resistindo ao auxílio do aracnídeo herói.
É difícil aceitar que não se pode fazer nada, embora se tenha formas de ajudar. É difícil não saber o que fazer ou como se aproximar de quem não nos permite aproximação. É duro ver que o otimismo que nos dá “poderes” não faz efeito em quem queremos ajudar.
Talvez a postura do “herói” seja a de não desistir, não entregar os pontos, mas estar ali pra quando puder ajudar, tendo ciência de que, fatalmente, em algum momento, seus esforços poderão ser em vão. O "superpoder" só existe porque o herói acredita nele.
Eu disse no post anterior que esse seria um “texto viajante”. Daqui a pouco eu volto...com os cumprimentos do Homem-Aranha. ;-D
7 Comments:
acho que não me enquadro em otimista ou pessimista. e a palavra realista me incomoda. algo sem sentimento, talvez.
legal essa história do homem aranha. talvez ele seja meu super-herói preferido justamente por esses dois lados tão presentes e equilibrados, penso..
até daqui a pouco então1 (=
Valeu, Carolina*!
Concordo contigo! É bem por aí a identificação... além de outras coisas. :-P
Té mais!
oie!!! sexta estarei de volta. Fotos postadas, as digitais, tem muita mais na minha camera, dá uma olhada. bjs
"Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades." ;)
Vero!
Hahahaha!!! :-D
Abraço!
Fala Dr,
Tche, acho que ser otimista em momento algum é ruim. Às vezes, nem o otimismo é suficiente, às vezes as situações são irremediáveis ou acabam da pior forma. Mas o cara tem sempre que acreditar que a melhor solução é viável.
Abraço pra ti.
Valeu, Negão!
O que eu posso dizer... é issae!!!
Abração!
Postar um comentário
<< Home