Eu estava lá
Tenho que registrar aqui minha presença no Beira-Rio, na última quarta-feira, pra assistir a final da Libertadores. Consegui meu passaporte graças à infelicidade de my little pal Toto, associado ao clube, mas que tinha que trabalhar na hora do jogo. Valeu, Toto!!! Como eu falei, eu sou pé quente! [:D]
Bueno, mas minha ida ao Beira-Rio suscitou alguma polêmica sobre minha “rubro-negrice” exclusiva. Sim, pra quem não sabe, eu sou xavante, por hora líder da sua chave na série C do Brasileiro, time com a melhor campanha. Sempre defendi o fato de ser EXCLUSIVAMENTE torcedor do G.E. Brasil, e simpatizante fortuito e de ocasião de outros times (exceto o Corinthians, o qual detesto, abomino e seco). Até mesmo o E.C. Pelotas, rival e filho do meu xavante, tem minha compaixão e o desejo que retorne à primeira divisão do futebol gaúcho (claro que, se ficarem 40 anos na Segundona, não me importo!). Já torci pelo Grêmio em 96 na final do Brasileiro contra a Portuguesa (vim de Pelotas pra assistir) e nas Libertadores, pelo São Paulo nas Libertadores e em Tóquio, mas sempre foi uma “torcida” comedida, motivada mais pelo fato de ser gaúcho e brasileiro, do que por ser torcedor das referidas agremiações.
No entanto, por estar morando em POA, cercado pela bipolaridade GRE-NAL, associada à minha atual antipatia pelo Grêmio e seus torcedores fanáticos (exceto aqueles que são meus amigos!!!), temia que, após uma conquista colorada, vivenciada in loco, eu adotasse o time do Saci como segundo time.
Realmente, foi um espetáculo. O estádio enorme, lotado e iluminado pelos sinalizadores rubros, estava “de cinema”. A torcida, num misto de confiança, nervosismo e ansiedade, chamava o time ao campo, entoando seu hino e gritos de guerra e rezando – literalmente - antes da partida iniciar. O jogo foi perfeito, pelo futebol apresentado pelos dois times, pela emoção até o último minuto, pelo resultado final. Estar no meio da torcida te permite ver fatos inusitados, como homens e crianças chorando antes, durante e após o jogo, rezas, abraços trocados entre estranhos após cada gol. Foi um espetáculo lindo e fico feliz por ter estado lá.
Tá, mas e aí? Virei colorado? Bom, eu vibrei com cada gol do Inter. Mas também tinha vibrado com os gols do Paulo Nunes e do Aílton em 96, e não virei gremista. Achei jóia quando o bandeirão do Inter cobriu toda a arquibancada, tirei foto com meu parceiro colorado Nilo e os irmãos dele. Queria que o Inter ganhasse. Agora, a questão é que minha emoção não chegou nem perto daquelas que senti com o meu XAVANTE. Vibrei muito mais com a vitória do G.E. Brasil contra o Pelotas, na final do campeonato citadino em 2004, do que com a conquista do Inter na Libertadores. Fiz muito mais festa com a volta do rubro-negro à primeira divisão do Gauchão, num jogo contra o Sapiranga num Bento Freitas lotado.
Loucura? Claro. Isso é o que explica “ser torcedor”. Não há lógica, só paixão. E eu sou só XAVANTE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Parabéns, colorado! Torço pra vocês no Japão. Agora é acompanhar meu G.E. Brasil no Brasileiro da série C. Se quiser saber um pouco sobre o que é torcer pro rubro-negro, é só olhar o vídeo.
Daqui a pouco eu volto.
9 Comments:
Pois é, Rafael, eu não torço pra time nenhum e nem gosto desse negócio de futebol. Mas naquela quarta-feira confesso que torci sim pela vitória do Inter e depois do final da partida eu saí pra rua e o clima, apesar daquele frio e daquela chuvinha molha-trouxa, era como se o país tivesse ganho a Copa do Mundo. Deu arrepio e olha que eu destesto futebol. Cheguei a pensar em ir assistir ao jogo no estádio, mas achei too much. Enfim, ter assitido in loco deve ter sido emocionante mesmo. Beijo. Luzinha
Fala Henry,
Alguns dizem por ai que amor o cara tem um só. Acho que pro futebol isso é uma verdade, pros demais casos eu discordo. Gostaria de ter ido ao jogo, mas também não pude, ossos do ofício.
O Pepsi on Stage fica do lado do aeroporto Salgado Filho.
Abraço.
Isso aí, Luzinha! E valeu pela visita! Bjo!
Issae, Nego! Gracias pela info! Abraço!
Oi Rafael, fazia um tempão que eu não passava por aqui. Gostei muito do teu texto e concordo contigo, também sou torcedora de um só time: XAVANTE!!!! Só quem já ouviu a charanga tocando na baixada e a torcida vibrando, pode entender que a paixão pelo rubro negro tem que ser exclusiva! 'Tamo' mal de time, uma barbaridade!!! beijo
Márcia Gastal
Valeu pela visita, Márcia!!! Acho que explicaste bem o que é a paixão pelo xavante! [;D]
Bjão pra ti!!!
Só tenho que te dizer uma coisa: como que EU, que sou colorado, não estive lá e deixaram um XAVANTE ir no meu lugar?? A vida é injusta!! hahaha!!
Abraço do campeão da América!!
Hehehe... pois é, é injusta, mas não te preocupa: torci pelo teu time e meu pé quente ajudou![;D]
Abração!!!
Aê Rafael,
Imagino que tenha sido uma festa e tanta, sabes que adoraria ir, mas o trabalho não deixou. Quanto a ter um time só, não acho que seja exigência porque acabamos simpatizando com outros, mas preferências são preferências. E realmente, estar na massa xavante, ao lado da charanga, em pleno Bento Freitas lotado, não há nada igual !! E de preferência se estiver chovendo. Viva a massa rubro-negra. Abraço. Juliano.
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