holy moments of a waking life

17 novembro 2006

“An Inconvenient Truth”


Acabo de chegar do Moinhos, onde assisti o tão falado documentário “An Inconvenient Truth”. Saí da sala com a impressão de ter visto uma “obra-prima” em documentário. Embora com temática diferente, me lembrou um pouco o “Fahrenheit 9/11”, por ser aquele tipo de filme feito pra “abrir os olhos de americanos tapados” (eu acredito que muitos não o são). É notável que o documentário é voltado para os norte-americanos, mas isso não tira o mérito do trabalho e nem a validade abrangente daquilo que é mostrado.

Resumindo a “história” do filme, é o seguinte: estamos detonando com o planeta e chegamos em um ponto crítico. Por quê? O que faremos? O que podemos fazer?

O Al Gore ganhou muuuuuuuitos pontos comigo. Sempre achei que ele tivesse uma “cara boa”, mas não conhecia muito dele. O cara é científico e didático, mostra-se apaixonado pelo que faz. De cara, ele me ganhou dizendo: “fiquei muito tempo na política. Percebi que chegou a hora de agir” (a frase não é bem essa, mas a essência tá aí). Confesso que foi o primeiro documentário que mexeu “emocionalmente” comigo, deu vontade de chorar e sair plantando árvores por aí. Houve até palmas ao final da sessão, mas não fui eu! O último filme que assisti com palmas foi Titanic... vocês hão de convir que tem uma graaaaaande diferença e isso dá uma dimensão da qualidade do trabalho.

(Ah, percebe-se também uma coisa boa em relação ao Brasil: as iniciativas com combustíveis alternativos colocam o país em uma ótima posição em uma eventual “virada política” em consonância com a preservação do ambiente. O trabalho de reciclagem que é modelo no mundo também desponta como fundamental. Não há referência direta ao Brasil no filme, mas é só uma questão de “juntar as peças” das notícias com o trabalho de Al Gore.)

Bueno, não vou falar mais, só vou colocar duas citações feitas no documentário e que na minha leitura são fundamentais – uma de Winston Churchill sobre os líderes políticos e outra de Upton Sinclair. Elas vão fazer sentido quando assistirem o filme:

"They go on in strange paradox, decided only to be undecided, resolved to be irresolute, adamant for drift, solid for fluidity, all powerful to be impotent. The era of procrastination, of half-measures, of soothing and baffling expedients, of delays, is coming to a close. In its place, we are entering a period of consequences."

"It is difficult to get a man to understand something when his salary depends upon his not understanding it."

No “frigir dos ovos”, “Uma Verdade Inconveniente” não passa de uma palestra com PowerPoint bem organizada e com um bom apresentador. Mas vai lá e vê. É o que aconselham que se faça: indicar o filme a um amigo. Daqui a pouco eu volto.

5 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Rafusca, valeu pela dica do filme. Um abração, marcos

novembro 18, 2006 9:32 PM  
Blogger Rafael said...

Valeu pela ilustre visita, Marcos! Baita abraço!

novembro 18, 2006 11:35 PM  
Anonymous Anônimo said...

Oiiiii!

Fazia tempo que eu não aparecia por aqui... Gostei de ver!
Adorei a recomendação, vou assistir ao filme logo, logo!!!

Beijo pra ti e pra Lu!

meNina

PS: O mesmo Marcos do blog do Eurico? Lembrei do apelido "Rafusca" Hehehe Que tri!!!

novembro 21, 2006 4:21 PM  
Blogger Rafael said...

Valeu pela visita, guria!!!

Quanto ao Marcos, é ele mesmo... essa "interné"... :P

Bjo!

novembro 21, 2006 4:58 PM  
Blogger Paul said...

"It is difficult to get a man to understand something when his salary depends upon his not understanding it."

Been there, done that.

(mas báh, tem que digitar um javanês arcaico aqui pro poder comentar(lpaxpiru), hehehe)

novembro 28, 2006 2:10 PM  

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