holy moments of a waking life

30 janeiro 2006

De volta...

Teoria e prática. Duas faces da mesma moeda. Não, não vou falar aqui da minha tese, mas sobre uma “teoria” que comprovei nesse último finde. Acho que falei em algum lugar nesse blog sobre as constantes e às vezes profundas conversas que têm rolado com a parceria. Hoje me refiro a uma em especial, que rolou com o Eurico, no domingo retrasado. A propósito, falar nisso vai sanar uma “dívida” ‘minha pra comigo mesmo’, pois disse que ia falar desse tal domingo e acabei desviando pra outros rumos e não falei nada.

Bom, mas então... [:)]

Nesse tal domingo, eu e o Nego falávamos – dentre outras coisas – sobre rumos, destinos e moradas, sobre ficar em POA, ir pra Floripa, voltar pra Pelotas ou ir pra anywhere else. Foi meio que consenso que a idéia é ficar aqui, desde que preenchidos certos requisitos. Entretanto, rumar pra outros lados não é visto com maus olhos, tampouco voltar pra Pelotas. ENTRETANTO, um fator problematizante, o único talvez, mas de peso essencial (observem os termos, propositalmente usados para dar peso à ‘teoria’!), especialmente no caso de retorno à terra natal, seria a falta de companhias, amizades, parceria... enfim, amigos. É claro que há amigos lá ainda, bons amigos, mas que estão afastados ou por pouca convivência e/ou porque os caminhos apontaram pra outros lados. Dos amigos que sempre foram presença constante, ficaram dois ou três lá, os quais ou não param na cidade, ou tem família, afazeres outros, etc. A família conta bastante também, mas a correria da vida, os laços extremamente fortes que nos une e a relativa proximidade entre POA e Pelotas, “permite” que não se more na mesma cidade e tenha uma saudade “administrável”. A conclusão, a ‘teoria’ é, portanto, de que a volta pra Pelotas é possível, não-rejeitada, mas de certa forma, com uma adaptação mais difícil do que uma vez pensada.

Comprovei isso na prática nesse finde. Cheguei na sexta de noite bem cansado. Minha única iniciativa foi buscar um lanche no Circulu’s (um bauru entrecot excelente, diga-se de passagem) e voltar pra casa, pra ficar com os velhos. Fiquei até tarde vendo um DVD com o pai – FIFA Fever, empréstimo do Baiano – muito legal pra quem gosta de futebol. Depois disso, cama e sábado já estava de pé cedo pra ir no Centro, comprar umas cordas pro violão e procurar bolinhas de squash. Além de não encontrar as tais bolinhas (por sinal, se alguém souber onde encontrá-las, me avise), não encontrei NENHUM CONHECIDO. Voltei pra casa, almoço e squash com o Cristian. Essa parte tava jóia! Foi muito legal como sempre (fora o fato de que quase apaguei por causa do calor insuportável). Voltei pra casa na expectativa de um churras que tinha ficado pré-combinado desde antes de sair de POA. Foi só expectativa. Deu algum problema e não rolou. Fui pro Laranjal, dei uma volta e não encontrei NINGUÉM DE NOVO. Solução? Ligar pras pessoas. Resultado: não achei ninguém. Sair sozinho pra noite? No thanks, não tinha pilha pra isso. Minha diversão foi ver um filme na TV e mandar mensagens no celular.

Ah, mas tem o domingo!!! Bah, o pai se puxou e fez um frango à xadrez tri bom. Comi até sair pelas orelhas. De tarde, fiquei em casa, esperando a “lua” baixar e vendo o jogo do xavante na TV (melhor pular essa parte...). Acabou o jogo, o papo tava bom com o pai e a mãe, fiquei em casa com eles, até o Alemão me ligar, respondendo à mensagem que eu mandara no sábado à noite, e irmos no Kibe Sfiha no Laranjal, pra jantar. Bah, falamos muita bobagem, como sempre fazemos, tava muito legal mesmo, tanto a parceria quanto a cerveja e o rango. Agora, pergunte quantas pessoas conhecidas, além do Alemão, eu encontrei? zero, nil, nadie, nobody, necas.

Digamos, então, que – no final das contas – fui pra Pelotas pra ver a família (sem dúvida, importantíssimo e necessário pra mim) e passar dois períodos de aproximadamente uma hora e meia jogando squash e batendo papo com os dois únicos amigos que encontrei.

Sei que estou sendo bastante dramático com o quadro que pinto, mas essa prática do final de semana comprova a ‘teoria’ exposta antes. A re-adaptação à Pelotas em um eventual retorno não vai ser fácil.

Bom, esse foi o primeiro post da semana, digno do “espírito” da segunda-feira. Ainda bem que a semana é curta e já tem bastante recheio amanhã e talvez quarta pra ajudar a passar mais rápido.

Era isso. Daqui a pouco eu volto.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Pois é Rafaielo, eu já tinha percebido isso no período próximo do Natal, quando fiquei em Pelotas. O pior é que eu normalmente tinha "os parceiros" dentro de casa. E até estes não são mais tão presentes. Cada um com seu trabalho, namoradas e etc. É a idade e a distância, meu velho :-). O bom é que as coisas de desfazem em um lugar e se remontam em outros. Eu já nem reclamo da vida aqui... sempre tem algo pra fazer.. e esse algo é bom.

janeiro 30, 2006 7:38 PM  
Blogger Rafael said...

Amém! [:P]

janeiro 30, 2006 8:23 PM  
Anonymous Anônimo said...

ó eu aquiiiiiiiiiiii!!! :)))

pois é, rafael, com o tempo (e as experiências de vida) a gente aprende que a casa da gente é onde estão nossos amigos. não somos nada sem eles...

sei bem como é isso, pois já morei em diversas cidades e em cada uma delas eu me sentia "em casa". percebo que se voltar a esses lugares, hoje, vai ser diferente. os lugares continuam os mesmos, mas e as pessoas? as pessoas mudam, se mudam, perdemos contato com outras... é isso que faz a diferença!

enquanto morava em São Gabriel, achava que lá era o melhor lugar do mundo! depois, Santa Maria, Pelotas e hoje Porto Alegre... e sei que se voltar a qualquer um desses lugares onde vivi no passado, hoje vou sentir um vazio... são os amigos q não estão mais lá!

que bom que eles me acompanham, e ainda, faço novos amigos nesse caminho...

creio que contigo não seja diferente.

mas, mudando de assunto: vamos para Ganchooooooooooooooooooooos???

fevereiro 01, 2006 10:34 AM  

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