holy moments of a waking life

25 janeiro 2006

Perder é ganhar...

Pausa pro café. Dia que começou estranho esse... geralmente tenho fome de manhã. Não tive. Na hora do almoço, sem fome também. Acabei tomando um capuccino e comendo um pastel na UFRGS, só em consideração ao que a mãe sempre disse sobre não ficar muito tempo com o estômago vazio. A propósito, saudade da "véia"... ou melhor, do pai também, do meu sobrinho, do meu irmão. Mas nisso eu dou um jeito nesse finde, indo pra Pelotas. Bom, mas vim aqui deixar um post sobre "colocar coisas em prática". Hoje percebi que esse tema tem girado - de modo direto ou indireto - ao meu redor desde o fim do ano passado. Nas últimas semanas, o tema girou bem mais rápido.

Perto do meio-dia, falei com a moça do "plin" (vide posts anteriores), pra não perder o hábito. Pra variar, foi muito legal, nos damos muito bem, temos uma sintonia e, como ela diz, muita "afinidade". Nosso papo é extremamente agradável, prazeroso, exhilarating, etc., etc., mas sobre isso já falei noutro dia. A questão é que tomei uma decisão, no mínimo, chata agora de tarde. E só escrevo aqui porque as partes interessadas já foram comunicadas. Enfim, resolvi colocar em prática, pela terceira vez em um mês (tem alguém do Guiness Book olhando aí?) e "ao natural", a máxima do PERDER É GANHAR. O estranho é que, embora certo de que fosse o melhor a fazer, dessa vez não fiquei à vontade. Das três vezes, essa foi a primeira que senti que realmente estava perdendo algo. Como é ruim a sensação de estar sendo MAU com alguém de quem gostamos, mesmo sabendo que é pro BEM de todos. Tenho certeza absoluta que fui compreendido e até "apoiado" - e isso ajuda a aumentar a dor - mas é um desconforto ter que abreviar algo que certamente (?) seria legal. É tão duro aceitar que a coisa está tão perto, mas que ainda assim temos que fazer um caminho maior pra chegar lá. É mais ou menos como se estivéssemos de um lado de um rio estreito, querendo pegar a fruta na árvore logo ali, do outro lado da margem. Mas ou por não sabermos nadar, ou por ter piranha no rio, ou por qualquer outro obstáculo idiota, temos que andar até a ponte mais próxima (às vezes, não tão próxima) pra atravessar e, então, chegar à árvore e saborear o fruto. Ah, sem falar que corremos o risco de não haver tal ponte... Com a melhor das intenções e com extrema sinceridade, o grande Eurico me disse "tu és corajoso, cara". Valeu, meu velho, mas... grande coisa.

A ironia de tudo é que a máxima do PERDER É GANHAR poderia ser a solução de toda a situação, caso fosse aplicada amplamente em todas as partes da "engronha" (crédito ao meu amigo e parceiro de sinuca Eurico). Mas, fazendo uma adaptação em um dos mandamentos dos porcos de Animal Farm, "algumas complicações são mais complicadas que outras". O caso é que, embora seja doloroso ter tomado a decisão, estou certo de que saímos os dois como entramos - por cima. Continua o respeito, a amizade e TUDO MAIS (viu?), deixando a coisa, na pior das hipóteses, como uma lembrança boa (afinal, os holy moments foram devidamente registrados) ou, com sorte, em um curto stand-by. Ainda que eu esteja longe de ser o Ethan Hawke e a história não seja exatamente a mesma, não consigo deixar de ter a imagem da "trilogia de dois filmes" antes do amanhecer e antes do pôr-do-sol (referência imagética do post). Quem não viu, recomendo.

Sem nenhuma intenção de parecer auto-suficiente ou algo que o valha, me reporto aqui a uma frase que um(a) amigo(a) me disse um dia (desculpe a falha na memória, mas não lembro quem falou. De qualquer forma, que fique registrado que foi importante e por isso está aqui agora): dói ser adulto. No entanto, prefiro dormir tranqüilo, essa é a recompensa pra mim, acreditando que PERDER É GANHAR.

Bom, era isso, back to work. Daqui a pouco eu volto.

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Fala Rafael. Cara, esse é um "heavy post". Acho que o importante é que as coisas sejam feitas de forma digna. Isso faz com que preservemos uns aos outros e elimina a possibilidade do "perder é perder"... A tomada de atitude muitas vezes vai ser difícil. É difícil atribuir dor a si mesmo, mas é isso que difere as pessoas de caráter das demais: sinceridade. Continua assim meu velho. Tá mandando bem ;-)

janeiro 25, 2006 6:32 PM  
Anonymous Anônimo said...

Certamente a base de td na vida é "APOIO" e "SINCERIDADE"...Amigos estão aí para isso, para fazer valer esta... que considero máxima da minha vida!!! Tá bem...não tenho seguido esta máxima, ao pé da letra como costumo fazer!!!
Mas um dia eu me encaixo nisto novamente!

Estas indo mto bem mesmo...prova disto é eu entrar nesta coisa "estranha"...hehehehe...mta estranha...que de certa forma faz (fazia) parte de mim!!!

beijo grande...continua Iluminado...vou torcer por isso!!!

janeiro 25, 2006 6:42 PM  
Blogger Rafael said...

Tenho certeza que o "encaixe" vai acontecer... principalmente se fores sincera contigo da mesma forma que és com aqueles que te rodeiam.
Valeu pelo comentário! Beijo grande!

janeiro 25, 2006 6:58 PM  
Anonymous Anônimo said...

Rafael querido (desculpa, sei q tu acha gay qdo te chamo assim... ) :-p

Nem sempre a gente pode fazer o que quer. Às vezes a gente tem que fazer "o que precisa ser feito".

Dói, mas a longo prazo tu vais ver que estás te poupando de um sofrimento, possivelmente, maior.

Como já dizia Julio Cesar, "Alea jacta est"! ;)

PS: Estás te puxando nesse blog hein?

Beeeeeeeeeeeeeeijo!

janeiro 25, 2006 7:10 PM  

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